Estresse: O que é, Danos que ele pode Causar a saúde e como acabar com este Mal

O estresse não é um mal que atinge apenas a mente, como muitos pensam. Na verdade, a ciência já sabe que ele também é a principal causa de muitas doenças.

Uma das constatações mais comuns da maioria dos estudos sobre o estresse é que é impossível fugir dele. De algum modo, em maior ou menor grau, em algum momento da vida, todos serão atingidos por ele.

Há mesmo quem defenda que o estresse é necessário, como forma de motivação.

Afinal, a vida tem momentos em que nos sentimos desafiados, seja no trabalho, nos estudos, nas relações amorosas, de amizade ou familiares e, nessas horas, o corpo e a mente precisam mesmo de um estímulo.

Essa resposta do organismo é o estresse. No entanto, quando vivemos o tempo todo sob esse estímulo, o corpo passa a reagir negativamente.

Quais os problemas de saúde e doenças que o estresse pode causar?

A lista de problemas de saúde rela-cionados ao estresse é bem longa. E a explicação para isso é que ele provoca alterações drásticas no sistema endócrino, ou seja, desequilibra a produção hormonal.

As mudanças fisiológicas associadas com as reações de estresse são processadas por um centro nervoso no cérebro (hipotálamo). Quando um estressor excita o hipotálamo, uma cadeia de reações bioquímicas altera o funcionamento de quase todas as partes do corpo.

Entre as glândulas atingidas estão as supra renais, que produzem substâncias como adrenalina e corticóides, entre eles o cortisol, um dos hormônios mais importantes do organismo, que tem efeitos sobre o metabolismo de nutrientes, como carboidratos, lipídeos, ácidos graxos e proteínas; contribui para manter os músculos, inclusive miocárdio (do coração), saudáveis; e, principalmente, atua como regulador do sistema imunológico.

Se a produção dessas substâncias for excessiva ou muito prolongada, problemas sérios de desgaste orgânico podem acontecer.

Efeitos negativos mais conhecidos da produção excessiva de cortisol

Efeitos negativos mais conhecidos da produção excessiva de cortisol

  • Enfraquecimento do sistema imunológico, abrindo portas para doenças de vários tipos, entre elas, alergias
  • Dificuldade de concentração e déficit de memória
  • estados depressivos e ansiosos recorrentes, podendo se tornar crônicos
  • Hipertensão
  • Insônia
  • Intolerância à glicose
  • Problemas gastrointestinais
  • Alterações no funcionamento da tireoide (hiper ou hipotireoidismo)
  • Alguns tipos de tumores malignos
  • Arteriosclerose
Por que o estresse faz perder o sono?

Por que o estresse faz perder o sono?

Poucas coisas na vida são tão ruins quanto uma noite mal dormida. Afinal, o sono é o grande repositor de energia do organismo. E uma das consequências do excesso de corticoides no corpo é justamente a insônia.

Mas nem sempre o sono ruim é uma consequência do estresse, podendo, inclusive, ser uma de suas causas. O que se sabe é que pessoas estressadas, em geral, têm a qualidade do sono bastante prejudicada e o excesso de cortisol também está associado ao problema.

O estresse interfere no sono porque na hora de dormir o cérebro não elimina os estímulos que recebeu durante o dia.

Assim, as preocupações, decepções ou mesmo alegrias diárias permanecem na mente mesmo na hora do descanso.

Como a reação individual a esses estímulos é diferente, muitas pessoas acabam tendo uma predisposição a perder o sono em virtude do estresse que sofrem no trabalho ou nas relações familiares, por exemplo.

Por que o estresse faz engordar?

Por que o estresse faz engordar?

Um dos efeitos mais prejudiciais do estresse é abrir portas para a obesidade, uma vez que o cortisol favorece o acúmulo e gordura na região abdominal.

Não são todas as pessoas que estão sob estresse que sentirão esse efeito, apenas aquelas que possuem uma predisposição para a obesidade.

Inclusive, há situações em que acontece o contrário: o indivíduo perde o apetite e emagrece bastante.

Outro efeito fisiológico do estresse que se relaciona à obesidade é a tendência a uma menor produção de serotonina, substância relacionada ao prazer.

Com isso, pode acontecer de, ao comer algo gostoso, o cérebro ativar uma área ligada ao prazer e passar a “pedir” mais comida para compensar a falta de serotonina. E mais: o estresse aumenta a retenção de sódio no organismo, provocando os indesejáveis inchaços.

Como resultado, não há dieta que resista! Isso sem contar que a ansiedade provocada pelo estresse pode levar à compulsão por comida.

O que fazer para controlar o estresse?

Da próxima vez que você se sentir estressado, aqui estão quatro dicas para aliviar o estresse que você pode tentar.

  • Respire fundo
  • Concentre-se no momento
  • Reformule a situação
  • Mantenha seus problemas em perspectiva
  • Busque conforto na família
  • Encontre sua fé
  • Fale, fale, fale!
  • Admita quando esta estressado
  • Abra o berreiro está estressado(a)
  • Pense positivo

Respire fundo

Apenas alguns minutos de respiração profunda podem acalmá-lo e domar a resposta fisiológica ao estresse.

Embora seja uma boa ideia criar um horário específico para relaxar a cada dia, uma vantagem da respiração profunda para aliviar o estresse é que você pode fazê-lo em qualquer lugar – na sua mesa ou no seu carro (estacionado), por exemplo.

Ao respirar, você relaxe um grupo muscular específico. Comece com os músculos da mandíbula. Na próxima expiração, relaxe os ombros. Percorra as diferentes áreas do corpo até se sentir calmo.

Concentre-se no momento

Quando você está estressado, provavelmente está vivendo no futuro ou no passado. Você está preocupado com o que fazer a seguir ou arrependido de algo que já fez. Para obter um pouco de alívio do estresse, tente se concentrar no que você está fazendo agora.

Você pode se acalmar voltando ao momento presente. Se estiver caminhando, sinta a sensação das pernas se movendo. Se estiver comendo, concentre-se no sabor e na sensação da comida.

Reformule a situação

Então você já está atrasado e se vê preso em um trânsito terrível. Ficar nervoso é uma reação natural, mas não vai te ajudar em nada. Em vez de xingar e bater no volante, tenha uma perspectiva diferente.

Encare esse momento como uma oportunidade – alguns minutos para si mesmo, onde você não tem nenhuma outra obrigação.

Mantenha seus problemas em perspectiva

Pode parecer clichê, mas da próxima vez que você se sentir estressado, pense nas coisas pelas quais você é grato.

Ficamos estressados ​​quando nos concentramos tanto em um problema específico que perdemos a perspectiva.

Você precisa se lembrar das maneiras básicas pelas quais você tem sorte – que você tem família e amigos, que pode ver, que pode andar. Pode ser um método surpreendentemente eficaz para o alívio do estresse.

Busque conforto na família

Cientistas afirmam que uma família estruturada reduz a inquietação excessiva. Em muitas ocasiões, os familiares podem ser uma válvula de escape eficiente.

Vale lembrar que tudo depende do tema tratado ou da pessoa escolhida para ser o ouvido amigo.

Encontre sua fé

Encontre paz na fé, seja qual for a sua crença. Em casos mais graves, recorrer à ajuda de médicos, psicólogos ou psiquiatras pode ser a saída mais adequada.

Fale, fale, fale!

Ao falar, é preciso organizar o pensamento, o que pode ajudar a superar a situação. Mas cuidado para não insistir em assuntos, pois do contrário, pode exaltar os nervos.

Busque um bom ouvinte que consiga aprofundar o debate e que evite causar desconforto ou emitir muitas opiniões. A ajuda profissional de um psicólogo é sempre bem-vinda.

Admita quando esta estressado

A aceitação da situação é o primeiro passo para levá-la a sério e buscar soluções.

Abra o berreiro está estressado(a)

As lágrimas são uma forma do corpo se livrar do estresse. Por isso, se der vontade de chorar, não segure o choro.

Pense positivo

Lembre-se de uma memória muito positiva do passado que trouxe felicidade no momento e esperança sobre o futuro.

Deixe-se levar pelas energias positivas e contagie-se por 2 ou 3 minutos por essas emoções, mentalizando a formação de um escudo bom ao seu redor.

O estresse costuma enfraquecer o sistema imunológico. Uma pesquisa de 2006 informa que pessoas que pensam positivo costumam contrair menos gripes e resfriados.

O estresse e a hipertensão

Não são raros os casos de infarto no miocárdio causados por uma situação de tensão emocional. Em geral, as chances de isso acontecer são maiores em quem já apresenta um quadro de hipertensão.

No entanto, muitos estudos sobre o estresse concluíram que ele pode ser uma das causas desse quadro. Trata-se da Síndrome de Cushing, uma doença causada pelo excesso de cortisol no organismo, o que aumenta a retenção de sódio e de água.

Em consequência, o volume de sangue se expande e favorece o desenvolvimento de hipertensão arterial sistêmica. É normal a pressão se alterar em uma situação estressante.

Mas para quem não sofre de hipertensão ou estresse crônico, logo após resolvida a situação, a tendência é voltar tudo ao normal.

No caso das pessoas hipertensas, elas sofrem aumentos de pressão maiores. Como para elas é importante manter a pressão no limite, se torna necessário aprender a lidar com o estresse de modo adequado.

Síndrome de Cushing é quando o excesso de cortisol no organismo aumenta a retenção de sódio e de água, favorecendo o quadro de hipertensão.

Qual a relação do estresse e o câncer?

A relação entre estresse e câncer tem sido objeto de diversos estudos, com resultados preocupantes, mas também reveladores na busca por tratamento e, principalmente, na prevenção de tumores malignos.

Quando a pessoa está estressada, ela libera dois hormônios: adrenalina e cortisol. O primeiro é próprio das situações de luta ou fuga, já o segundo afeta o sistema imunológico, pois, ao reconhecer determinadas situações como ameaça, o organismo se prepara para enfrentá-la, acionando o sistema imunológico.

Com o foco voltado para um potencial ‘invasor’, o corpo deixa de se defender de reais agressores. No caso do câncer, de tempos em tempos é natural que o organismo produza células cancerosas, mas se o corpo está em bom funcionamento, ele próprio elimina esses focos.

Já quando a pessoa está debilitada, como no caso de perdas, a imunidade baixa e o organismo não consegue reagir diante dos agressores.

Estudos científicos apontam que no período de 12 a 18 meses após um grande trauma (perda, desgaste emocional dramático) existe uma maior chance de se desenvolver câncer.

Não por acaso, estudos com animais em laboratório demonstraram que a progressão de tumores é mais acelerada naqueles submetidos a situações de estresse crônico.

Por outro lado, pacientes com câncer que recebem assistência psicológica tendem a viver mais tempo. Simplesmente controlar o estresse não pode evitar ou curar todos os tipos de câncer.

Mas a ciência já sabe que pessoas menos estressadas reagem melhor a tratamentos de diversas doenças, inclusive quimioterapias.

Infelizmente, nem sempre é possível prevenir o estresse, uma vez que ele pode ser gerado por fatores independentes da vontade do indivíduo, como a morte de um ente querido.

Mas é possível controlá-lo e tratá-lo, o que pode evitar consequências extremas como o desenvolvimento de um tumor.

Por que temos estresse?

Para a maior parte dos estudiosos do estresse, o estilo de vida equivocado é hoje uma das principais causas de estresse.

É uma referência a hábitos alimentares pouco saudáveis, com muita gordura, sódio e comida industrializada; consumo excessivo de bebidas alcoólicas, cigarros e outras drogas; sedentarismo; poucas horas de sono em horários descontinuados, etc.

Mas um estudo divulgado pelo Centro Americano de Controle de Doenças, dos Estados Unidos, constatou que o estilo de vida não é responsável apenas pelo estresse, mas está na raiz de vários outras causas de óbitos, como:

  • Doenças coronarianas (54%)
  • Câncer (37%)
  • Acidentes de trânsito (69%)
  • Acidente Vascular Cerebral – AVC (50%),
  • Homicídios (63%)
  • Suicídios (60%)
  • Cirroses (70%)
  • Pneumonias e gripes (23%)
  • Diabetes (34%)

Superando em algumas patologias até causas biológicas e ambientais.

Portanto, a mudança de estilo de vida, não só previne o estresse, como diversas outras doenças, confirmando a recomendação de especialistas de que a saúde dever ser tratada como um todo, uma vez que mente e corpo fazem parte de um só organismo.

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