8 Alimentos que Melhoram o funcionamento da Tireoide, quais seus sintomas, como cuidar e oque você deve evitar

Enquanto alguns nutrientes colaboram para o bom funcionamento da glândula, outros são capazes de prejudicar suas funções. Mas não se alarme: especialistas explicam que seu cardápio pode ser farto sem que isso traga problemas aos seus hormônios. 

Basta saber equilibrar o que vai no prato tireoide é uma glândula localizada na base do pescoço, cuja forma remete a uma borboleta. 

Mas não se engane com essa aparente pequenez: é um órgão que carrega uma grande responsabilidade. 

Sua principal tarefa é controlar nosso metabolismo por meio da liberação dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que regulam as principais funções do nosso organismo, como a respiração, a temperatura corporal, o peso e a força muscular. 

Ela, porém, precisa ser regulada pelo TSH, nome científico do hormônio estimulante da tireoide, que é produzido na hipófise, na base do cérebro. Por estar associado a tantas funções, o órgão requer atenção. 

Suas disfunções podem ter sérias repercussões para nossa saúde. As patologias mais frequentes são o hipotireoi-dismo e o hipertireoidismo, relacionadas com a produção de T3 e T4. No primeiro caso, essa produção é baixa. 

A principal causa são doenças autoimunes, mas também pode estar associada ao uso de alguns tipos de medicação ou retirada cirúrgica da glândula. 

Um levantamento conduzido pela empresa farmacêutica Sanofi estimou que 4,7 milhões de brasileiros tenham hipotireoidismo e não estejam cientes disso. 

O mesmo estudo identificou que 25% do público que foi diagnosticado com a doença não faz nenhum tratamento – ou o faz de forma inadequada. 

Já o hipertireoidismo é identificado quando a glândula apresenta uma produção excessiva de hormônios. As causas, mais uma vez, podem estar em algumas medicações, bem como doenças autoimunes. 

13 Alimentos que ajudam o bom funcionamento da tireoide

  • Algas marinhas
  • Castanha do pará
  • Quinoa
  • Óleo de peixe
  • Leite e derivados
  • Gema do ovo
  • Carne vermelha
  • Laranja
  • Morangos
  • Abacate
  • Sementes de chia e linhaça
  • Sal iodado ou marinho
  • Castanhas

Embora as causas para essas doenças não estejam diretamente ligadas à alimentação, é certo que ela desempenha um papel importante tanto na proteção quanto na vulnerabilidade da glândula. 

Para o bom funcionamento da tireoide, tudo tem de estar equilibrado. Especialistas explicam que o iodo é o principal responsável por estimular a produção dos hormônios T3 e T4. A maior fonte desse nutriente é o sal marinho. 

Doenças autoimunes e uso de alguns tipos de medicação estão entre as causas mais comuns de disfunções tireoidianas.

Em todo o país, há controle da quantidade de iodo no sal de cozinha, que é de 15 a 45 mg por quilo de sal.

No Brasil, há controle da quantidade de iodo no sal de cozinha, em todo o território nacional, de 15 a 45 mg por quilo de sal. Não temos regiões onde haja deficiência de iodo ou sal de procedência duvidosa. 

O consumo de 3 a 5 mg de sal por dia já oferece toda a quantidade que nosso organismo necessita. Essa regulação de sal é obrigatória graças a uma Lei Federal promulgada em 1974. 

Ela foi instituída com o objetivo de combater o bócio, um aumento significativo do volume da tireóide causado pela privação de iodo, e que pode levar ao cretinismo, além de gerar a “papada”.

Em 2013, a quantidade recomendada de iodo foi reduzida (originalmente, era de 20 a 60 mg), uma vez que se reconheceu que o brasileiro, por hábitos culturais, consome quantidades altas de sal. 

O sal rosa do Himalaia não é proibido, mas, quem utiliza apenas esse tipo deveria aumentar o consumo de frutos do mar, que são outra excelente fonte de iodo. 

Porém, é preciso uma atenção especial durante a gestação, quando há maior carência desse nutriente. É bastante comum que seja necessária uma suplementação de iodo nessa fase, sempre orientada por profissionais especializados. 

Nutrientes que ajudam o bom funcionamento da tireoide

Outros nutrientes também oferecem benefícios para a tireoide. O zinco, abundante nas carnes em geral e em algumas leguminosas, ainda não tem eficiência comprovada, porém estudos recentes revelaram que pacientes com um tipo de hipotireoidismo chamado subclínico apresentaram baixas quantidades de zinco, o que apontas possibilidade de que ele desempenhe um papel importante no funcionamento tireoidiano. 

Mesmo sem dados mais conclusivos no que tange às funções do T3 e T4, o zinco tem seus benefícios. O que se sabe é que o zinco é uma presença importante na dieta infantil, e especialmente benéfico em crianças com diarreia.  

O selênio, por sua vez, encontra um consenso quanto aos seus benefícios. E não são poucos: ele protege a tireoide contra inflamações e impulsiona a conversão de T4 em T3. 

A castanha-do-pará tem boa quantidade desse nutriente. Duas por dia já bastam para que se exerça esse efeito anti-inflamatório.

Destaca ainda o ômega 3 como outro anti-inflamatório que pode ser bom para a glândula. Peixes gordurosos, como salmão, sardinha e anchova, são uma boa fonte. 

Outra é um alimento bem mais acessível: o ovo, um excelente protetor da tireóide, pois também contém selênio e zinco. 

8 Alimentos que em excessos fazem mal para o funcionamento da tireoide

8 Alimentos que em excessos fazem mal para o funcionamento da tireoide

  • Soja (leite, carne, óleos e tofu)
  • Açúcar (bolos, doces, refrigerantes, biscoitos, pão branco)
  • Farináceos (bolos, doces, refrigerantes, biscoitos, pão branco)
  • Óleos vegetais
  • Gordura trans
  • Alimentos industrializados
  • Alguns vegetais como brócolis, repolho, rabanete, couve-flor e couve de Bruxelas
  • Legumes como mandioca e batata doce

Enquanto alguns nutrientes ajudam, outros prejudicam. É preciso, porém, entender que os malefícios só ocorrem se essas substâncias forem consumidas excessivamente. 

Seria preciso um consumo em quantidade muito acima do que se ingere habitualmente para que esses alimentos sejam capazes de causar dano à tireoide. 

E quais seriam esses alimentos? São principalmente as crucíferas, um grupo que inclui nabo, brócolis, couve-flor, repolho, couve, entre outros. 

Elas contêm isotiocianato, que pode prejudicar a função da tireoide. Contudo, como dito anteriormente, o problema está em uma possível superdosagem e na forma de consumo. 

Esses são alimentos funcionais, ou seja, são ótimas opções para ingestão de minerais, de vitaminas como a B e C e têm outras propriedades. 

Os brócolis, por exemplo, são desintoxicantes. O problema está no excesso, caso das pessoas que consomem esses alimentos diariamente e em grandes quantidades, como alguns veganos e vegetarianos, e também adeptos do suco verde diário. 

Ingerir esses alimentos crus não é recomendado. Mas desde que sejam devidamente cozidos e não estejam presentes na dieta sete dias por semana, em mais de uma refeição, eles continuam sendo bastante saudáveis. 

Soja e derivados, por sua vez, podem ser menos seguros, mas não necessariamente pelo risco à glândula. Existe enorme oferta de soja transgênica no Brasil – uma variedade por si só alvo de muitas controvérsias. 

Porém, mesmo a soja orgânica contém substâncias (inclusive isoflavona) que afetam a ação de algumas enzimas, prejudicando a síntese dos hormônios. 

Novamente, não se trata de uma proibição, mas um chamado de alerta para a procedência do alimento e a frequência do consumo. 

Para substituí-la, alimentos como lentilha, grão-de-bico e ervilha podem ser ótimas opções. Ainda assim, a soja pode ser consumida ocasionalmente, o que não se recomenda é tê-la como única fonte de proteína vegetal. 

O que é Hipotireodismo?

Decorre da baixa produção de hormônios tireoidianos. Nem sempre está associado ao ganho de peso — é um sintoma não muito frequente, e quando acontece dificilmente ultrapassa 5 kg. 

As mulheres são mais propensas a desenvolver, já que os hormônios femininos favorecem o surgimento de doenças autoimunes, que podem levar ao quadro. Reposição hormonal costuma ser indicada. 

Quais são os sintomas do Hipotireodismo? 

Veja os 19 sintomas de hipotireidismo:

  • Cansaço
  • depressão
  • pele seca e fria
  • diminuição da frequência cardíaca
  • falta de iniciativa
  • engrossamento da voz
  • sonolência
  • prisão de ventre
  • alterações menstruais
  • diminuição da virilidade
  • Mudanças de humor
  • Concentração e memória
  • Diminuição da libido
  • Alterações no peso
  • Palpitações
  • Mudanças no funcionamento do intestino
  • Dores musculares
  • Sensação térmica
  • Perda de cabelo

O que é Hipertireoidismo?

É um aumento na produção dos hormônios tireoidianos. Se não tratado, pode contribuir para o surgimento de problemas cardíacos e osteoporose. 

Em geral, para tratar, são utilizados medicamentos antitireoidianos (que reduzem o número de hormônios produzidos pela glândula), betabloqueadores (para amenizar alguns sintomas) e, em casos mais sérios, terapia com iodo radioativo ou cirurgia. 

Quais os sintomas do Hipertireoidismo?

Veja os 10 sintomas de Hipertireoidismo:

  • Insônia
  • nervosismo e irritabilidade
  • metabolismo mais rápido
  • perda de peso
  • aumento da frequência cardíaca
  • sudorese abundante
  • intolerância ao calor
  • bócio
  • taquicardia
  • olhos saltados

Saiba como controlar eu TSG

Os níveis do hormônio TSH, produzido pela hipófise, ajudam a classificar a condição da tireoide, já que é ele o responsável por estimular a produção dos hormônios tireoidianos (medidos em micro unidade por litro, ou mU/L). 

ACIMA DE 10 MU/L – Se o TSH aumenta, é sinal de que a tireoide não está conseguindo produzir tantos hormônios quanto deveria. É como se o corpo estivesse tentando “forçar” o aumento da produção— e não conseguindo. 

ENTRE 0,5 E 4,5 MU/L – o nível considerado normal. 

ABAIXO DE 0,1 MU/L – O T3 e o T4 em excesso inibem a presença do TSH, já que a hipófise “entende” que não precisa secretar hormônio para estimular o que já é abundante — e o resultado é o hipertireoidismo. 

NÍVEIS SUBCLÍNICOS – Acontecem quando os níveis de TSH sofrem pequenas alterações, mas os de T3 e T4 seguem normais. Entre 5 e 10 mU/L é o chamado hipotireoidismo subclínico. Entre 1 e 4, é hipertireoidismo subclínico. São quadros com sintomas leves, habitualmente detectados em exames laboratoriais de dosagem de TSH. 

Suplementação inadequada 

Outro foco de controvérsia é a suplementação alimentar da maioria dos nutrientes citados nesta matéria. O mercado de suplementos é grande no Brasil, e boa parte deles não tem venda regulamentada, contrariando as orientações médicas. 

Um dos mais preocupantes para a comunidade médica é o lugol, um composto com quantidades elevadas de iodo. Uma gota de lugol é equivalente a cerca do que se consome de sal iodado em três meses. 

A solução pode ser prescrita por profissionais de saúde quando há casos extremos, como uma crise tireotóxica – quando a produção da tireoide atinge níveis tão elevados que pode colocar em risco a vida da pessoa. 

Mas essa é uma condição rara. O problema, alertam os especialistas, é que o lugol vem sendo comercializado livremente, com direito a anúncios em redes sociais que destacam sua suposta capacidade de prevenir o câncer, a fibrose cística e outras doenças – efeitos não comprovados até o momento. 

Quanto aos demais suplementos – como os de zinco, por exemplo -, eles são apenas recomendados, após avaliação médica, quando se constata que o indivíduo tem alguma deficiência importante do nutriente. 

Os distúrbios na glândula mais comuns podem ser detectados com exames laboratoriais. 

O que pesa no prato 

É importante ressaltar que todos os alimentos e nutrientes citados até aqui têm caráter auxiliar na prevenção de disfunções tireoidianas. 

Porém, nenhum deles tem propósitos terapêuticos. Não existe nenhuma alimentação específica que beneficia pacientes com hipotireoidismo ou hipertireoidismo. 

O controle dessas doenças deve ser feito por meio de medicações. Mesmo quando se fala dos alimentos que oferecem riscos, não é demais repetir que eles não são proibidos, devem apenas ter seu consumo balanceado. 

É preciso entender o comportamento alimentar de cada um. As orientações são dadas para a população em geral, mas cada pessoa tem suas particularidades. 

O que não é recomendável em nenhum caso é ficar focado em só um tipo de alimento. O caso que mais demanda atenção diz respeito a dietas muito restritivas. 

Quando se fala em dieta e saúde, quase todo mundo quer ir atrás de um sonho, quer algo mágico. E a mágica não funciona. É fácil falar em alimentos ‘proibidos’ e ‘potentes’, mas isso é errado. 

A boa alimentação traz benefícios para todo o corpo, e não só para um órgão. É preciso se informar e ter orientação profissional. 

Quais os cuidados regulares com a tireoide

De maneira geral, os distúrbios tireoidianos mais comuns podem ser detectados com exames laboratoriais. Esses exames já são recomendados para pacientes acima de 35 anos, mesmo sem sintomas. 

Também são pedidos quando se trata de gestantes ou de pacientes com fator de risco, como os portadores de doenças autoimunes. E, embora essa não seja a principal causa da obesidade, pedimos um perfil tireoidiano para as pessoas obesas e também para as que são excessivamente magras.

O médico ainda lembra que, para os recém-nascidos, o teste do pezinho já possibilita prever possíveis disfunções na glândula.

Uma criança pode nascer com alguma complicação na tireoide, e isso pode ter relação com histórico familiar ou com distúrbio endócrino da mãe. Por isso o obstetra sempre acompanha a dosagem do TSH. 

Disfunção nutricional, como excesso ou deficiência de iodo na mãe, também pode acarretar problemas.

Já nódulos na tireoide podem ser detectados na palpação da garganta ou com ultrassonografia. De modo geral, não representam grandes riscos. Eles são mais comuns nas mulheres, já que o estrogênio (hormônio feminino) atua junto com o TSH na hora de estimular a tireoide, porém homens também podem desenvolvê-los. 

Não se sabe ao certo como os nódulos se formam, sabe-se, porém, que a maioria é benigna Eles evoluem para câncer em apenas 6% dos casos. Em geral, os quadros de câncer são tratados com tireoidectomia (remoção total ou parcial da glândula), e apenas 5% dos casos – ou menos – costumam requerer quimioterapia. 

Aumento de casos de nódulos

Uma boa parte da comunidade médica acredita que o número de diagnósticos de nódulos na tireoide aumentou porque as pessoas, de modo geral, passaram a fazer mais exames de detecção precoce. 

Embora as causas sejam imprecisas. Uma das causas para esse aumento pode estar na obesidade. Mas ainda faltam mais estudos. Vale salientar que nos últimos anos o número de brasileiros obesos cresceu. 

Segundo o Ministério da Saúde, de 2006 a 2018, houve um aumento de 67,8% de pessoas obesas no país. É o maior índice de obesidade nos últimos 13 anos. 

Contudo, não é só isso que consiste em uma possível causa. Já se sabe, por exemplo, que algumas substâncias específicas são disruptores endócrinos e podem levar a nódulos de tireoide, como material anti-inflamatório e até algumas substâncias usadas na manufatura de cartões de crédito. Porém, ainda há muito a investigar nesta área.

Números de casos de problemas de tireoide

  • CÂNCER DE TIREÓIDE – Cerca de 2% a 5% das mulheres na faixa etária entre 25 e 65 anos apresentam esse câncer. 
  • Nos homens, a incidência não chega a 2%. 
  • Apenas 10% dos nódulos na tireoide são malignos. A maioria tem baixo potencial de malignidade. 
  • 30% dos casos de câncer de tireoide são recidivas

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