Vista como doença de mulher e de idosos, a osteoporose é um problema muito maior e que atinge a sociedade como um todo.
Um dos grandes problemas da osteoporose é que grande parte das pessoas que possui a doença só descobre isso tarde demais, quando sofre uma fratura.
Uma das características da osteoporose é que, em geral, não se sente nada até acontecer um acidente, que pode ser uma queda ou uma pancada.
Ela se desenvolve de forma imperceptível por vários anos, e isso acontece porque os ossos são estruturas vivas, formadas por proteínas (colágeno) e cálcio e que estão em constante processo de renovação.
São estruturas que perdem células “velhas” e ganham “novas”, para poder manter a resistência.
No entanto, conforme o tempo passa, o processo começa a ficar desigual, ou seja, a reposição não acompanha a perda e, com isso, os ossos ficam mais frágeis.
Um pouco mais a fundo sobre a Osteoporose
O normal é que se vá ganhando sempre mais massa óssea até atingir um pico, em geral, aos 25 anos de idade, mas a partir dos 40 anos, tanto homens como mulheres tendem a iniciar um processo de enfraquecimento dos ossos.
Mas isso tudo varia muito de pessoa a pessoa, além de ser um processo que pode ter relação com fatores diversos como genética, hábitos alimentares, nível de atividade física ou sedentarismo e produção hormonal.
É muito difícil falar em sintomas de osteoporose, pois a doença em si não causa nenhum mal-estar ou desconforto.
Muitas pessoas ainda acreditam que a osteoporose causa fraturas espontâneas, mas isso é muito raro.
Só acontece em estágios muito avançados e, em geral, em pessoas bem mais idosas, a maioria com mais de 80 anos.
Prevenção da Osteoporose
A osteoporose não só tem tratamento como pode ser evitada. E a prevenção deve começar bem cedo.
O osso recebe muito bem tudo aquilo de bom que a gente faz para o corpo, desde a alimentação na infância, passando pela atividade física na hora certa.
Essa é a prevenção verdadeira. Além do cálcio, a vitamina D é de vital importância, pois sem ela o corpo simplesmente não absorve o cálcio ingerido.
E é muito simples obtê-la: basta tomar sol, uma vez que essa vitamina é produzida com o auxílio da luz solar!
O incrível é que no Brasil, um dos países que recebe mais luz do sol durante o ano, boa parte da população tem deficiência do nutriente.
Os poucos estudos sobre os níveis de vitamina D na população mostram que a deficiência pode atingir de 40% a 67% dos brasileiros.
A vitamina D também pode ser encontrada nos alimentos, principalmente em peixes gordurosos, como linguado e sardinha.
Por fim, a prática regular de exercícios físicos estimula o fortalecimento de músculos e ossos, devendo começar o quanto antes, se possível, na adolescência.
Bastam 30 minutos de caminhada vigorosa de três a cinco vezes por semana para se beneficiar.
Homens também podem ter osteoporose
Talvez o maior mito em torno da osteoporose seja o de que é uma doença de mulheres. Nada mais enganoso, uma vez que é estimado que um entre cada cinco homens com idade acima de 65 anos tenha o problema.
Ou seja, a probabilidade é menor, mas não desprezível. E há ainda um grupo de risco maior: o dos homens que fizeram tratamento de câncer de próstata.
Juntamente com a cirurgia, alguns deles vão ter que tomar remédio para diminuir a testosterona.
Não são todos, mas principalmente aqueles que fizeram quimioterapia, porque já se sabe que esse é um tratamento que agride o osso.
Já já dá para perceber que os hormônios, ou melhor, o desequilíbrio deles, têm tudo a ver com a doença.
No homem, a testosterona é um fator de proteção. Mas, ao contrário do que acontece com a mulher, em que as taxas de estrogênio caem muito rapidamente na menopausa, a testosterona cai em etapas, aos 25, 40 e 65 anos, mais ou menos.
Então, fica difícil determinar um período ideal para o homem fazer o exame baseado na queda hormonal.
A prática de atividades físicas regulare e a ingestão de alimentos ricos em vitamina D também influenciam positivamente na diminuição dos riscos de desenvolvimento da osteoporose.