Substâncias liberadas no cozimento aumentam o risco de tumores
Além da quantidade, o tipo de preparo e o ponto da carne fazem crescer o perigo do câncer colorretal.
Foi o que constatou uma análise de imagens de colonoscopia, exame que inspeciona o intestino, de mais de 6300 pessoas. Conduzida na Universidade Vanderbilt nos Estados Unidos, a investigação apontou um aumento de lesões precursoras de tumores naquelas que informaram maior consumo de carne vermelha (sobretudo bem passada) ao longo de um ano.
A hipótese é que os danos estejam relacionadas a substâncias conhecidas como lâminas heterocíclicas. Elas surgem na carne quando ela é exposta a altas temperaturas.
O estudo aponta o risco de formação de tumores a partir de pólipos mais raros, as lesões sésseis serrilhadas. Até então acreditava-se que essa via tinha origem mais hereditária, mas se vê que ela também sofre influência da dieta.
O recado, portanto, é maneirar na carne e optar por receitas feitas em fogo brando e com cozimento mais lento.
Mantenha o fogo baixo para preparar sua carne
Se a carne passar demais, aumenta a liberação de substâncias ligadas ao câncer.
- Na churrasqueira – Além da alta temperatura, a fumaça forma compostos que aderem à superfície das carnes são nocivas as nossas células.
- Grelhada na chapa – O método também requer muito calor. Marina com ervas e limão reduz tempo na grelha e a formação de moléculas tóxicas.
- Frita na frigideira – O perigo se intensifica com o óleo fervendo. O melhor é optar por um fio de azeite e apenas selar o bife em ambos os lados.
- Assada no forno – O risco é deixar passar demais. Controlando tempo e temperatura, é um preparo mais seguro e que retém nutrientes.
- Cozida em ensopados – O cozimento com umidade é um dos mais indicados. Mesmo assim, é bom evitar aumentar o fogo abruptamente.