Compreenda melhor a função da glicemia e saiba como mantê-la nos níveis ideais.
A quantidade de açúcar existente na corrente sanguínea é denominada glicemia e, embora o termo não seja tão conhecido assim, é muito fácil compreender a sua função, Glicemia é a dosagem de açúcar livre circulando no sangue, que está disponível para absorção pelas células, atuando na produção de energia dentro delas.
Partindo do princípio de que o organismo precisa de energia para desempenhar cada urna de suas funções, é possível afirmar que uma dieta pobre em açúcares pode prejudicar o funcionamento do corpo, já que, assim como os outros tipos de nutrientes, essas substâncias precisam estar em equilíbrio para que nenhum órgão seja prejudicado.
No entanto, ter essas propriedades em quantias elevadas também é prejudicial ao corpo, podendo desencadear uma série de sintomas e complicações futuras. Os dois problemas mais conhecidos relacionados à falta.
O que é hipoglicemia?
Podendo ocorrer em pessoas que fazem o uso de insulina e de medicamentos que aumentam a sua produção, o problema é caracterizado pela diminuição dos níveis de açúcar no sangue.
Os sintomas iniciais mais típicos desse problema são palpitações, suor frio e tremores.
Caso esses sinais não sejam percebidos a tempo e controlados, alguns sintomas neurológicos poderão surgir: confusão mental, agitação e, até mesmo, convulsões e estágio de coma (em casos bastante severos) poderão ocorrer.
Em alguns casos – principalmente nas pessoas que convivem com o diabetes há bastante tempo – os pacientes podem deixar de apresentar as manifestações iniciais do quadro de hipoglicemia, que pode ser chamada de “hipoglicemia sem aviso”.
Por isso, as alterações neurológicas severas podem ocorrer de repente, necessitando de cuidados imediatos e especiais com o paciente.
O tratamento da hipoglicemia é uma urgência. Nos casos em que o paciente já diagnosticado com diabetes se apresenta em coma, deve ser fornecido tratamento imediato, independentemente da confirmação através da medida da glicose no sangue.
Nos casos leves, e quando há possibilidade de medir-se a glicose, essa atitude deve ser feita imediatamente para confirmar o diagnóstico e, logo após, instituir medidas terapêuticas.
O que causa a Hiperglicemia?
O distúrbio é o resultado do consumo exagerado de alimentos com alto índice glicêmico (que podem ser sorvete, biscoitos, alimentos à base de farinha branca, doces em entre outros). Entre os principais os sintomas do problema estão:
- vista embaçada
- vontade exagerada de beber água e urinar
- zumbidos no ouvido.
A hiperglicemia é o quadro geral do diabetes tipo 1, e o excesso de açúcar sanguíneo, somado à sua toxicidade levam a lesões micro e macrovasculares, como alterações na capacidade visual, na função renal e cardíaca. Já na hipoglicemia (queda brusca em até 50% da glicemia inicial), o paciente pode até chegar a desmaiar.
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Qual a importância do controle glicêmico?
As consequências de uma glicemia descontrolada podem ser muitas! Por essa razão, para que complicações sejam evitadas, é necessário prestar muita atenção aos seus níveis, monitorando-os com a frequência indicada pelo médico.
Listamos alguns dos riscos que a saúde corre quando os níveis de açúcar estão fora de controle, como você confere a seguir:
Cetoacidose
Esse problema ocorre quando o organismo não tem insulina o suficiente e, sem a substância, o organismo não consegue utilizar a glicose corno com-bustível, passando a quebrar as moléculas de gordura para gerar energia, o que pode resultar em um risco de morte.
Alterações no sistema nervoso
A neuropatia diabética, complicação que afeta as células nervosas (inclusive nervos periféricos), está associada a lesões de fibras nervosas grossas, podendo desencadear alterações na sensação vibratória e perda da sensibilidade protetora dos pés.
Outras disfunções causadas pela falta do controle da glicemia
Também podem ser prejudicados os sistemas digestivo, urinário, e reprodutor, além de urna alteração controle da pressão arterial e do coração.
Outro problema possível é a retinopatia, complicação que pode causar perda irreversível de visão se não tratado precocemente.
Por isso, é ideal que o diabético visite o oftalmologista ao menos uma vez por ano, a fim de realizar os exames preventivos necessários.
Hormônios alterados
Sabia que, quem convive com a hiperglicemia também pode sofrer com alguns problemas hormonais? Devido a isso, caso alguma diferença no corpo seja notada, o ideal é buscar o apoio de um endocrinologista.
Normalmente, os níveis de insulina se elevam e, com isso, é comum que os níveis de outros hormônios se alterem, como o estradiol em homens.
Estradiol é um hormônio feminino que, quando em excesso, é extremamente prejudicial à saúde masculina.
Fator emocional
O estresse também pode funcionar como um gatilho a mais no descontrole da glicemia.
Uma situação estressante provoca no organismo a liberação de vários hormônios, como adrenalina, glucagon e cortisol.
Todos esses têm uma ação contrária à ação da insulina e, portanto, podem aumentar a glicose no sangue de pacientes com diabetes mellitus e descompensar um paciente que estava bem antes do estresse”.
A carga glicêmica é um conceito semelhante ao do índice glicêmico, só que leva a aguentar as porções consumidas. A fórmula consiste em dosar o número de gramas de carboidratos na porção, multiplicar pelo IG e dividir por 100. Teoricamente, é um alimento que tem carga glicêmica de um ponto, ele eleva o açúcar no sangue, tanto quanto um grama de glicose.
O que é índice glicêmico?
Conhecido como um dos métodos mais eficazes para facilitar a vida de quem convive com o diabetes, o índice glicêmico foi desenvolvido por David Jenkins, pesquisador da Universidade de Toronto, no ano de 1981.
O intuito da técnica é mostrar uma quantidade fixa de carboidratos que cada alimento contém, tomando como base um alimento “padrão”, que, no caso, pode ser o pão branco ou o próprio açúcar.
O número obtido (por meio de uma análise da curva glicêmica produzida por 50g de um determinado alimento em relação à curva de 50g de carboidrato do pão ou do açúcar) é denominado índice glicêmico, cujo número que nada mais é do que a velocidade com a qual o açúcar consegue atingir a corrente sanguínea.
Para entender sua classificação, basta se atentar aos números a seguir.
Tabela de índice glicêmico dos alimentos
Alimento | IG – Índice Glicêmico |
Abacaxi | 59 |
All Bran® | 60 |
Ameixa | 39 |
Amendoim | 21 |
Arroz branco cozido | 23 |
Arroz integral cozido | 18 |
Arroz parboilizado | 68 |
Aveia | 78 |
Banana prata | 52 |
Batata comum assada | 26 |
Batata comum cozida | 17 |
Batata doce | 77 |
Biscoito águo e sal | 11 |
Biscoito cookies | 6 |
Cereja | 22 |
Corn Flakes | 119 |
Cuzcuz | 93 |
Damasco | 31 |
Ervilhas | 68 |
Farinha de trigo | 99 |
Feijão-carioca cozido | 69 |
Feijão-manteiga cozido | 44 |
Inhame | 73 |
Kiwi | 53 |
Laranja | 42 |
Leite integral | 39 |
Leite desnatado | 46 |
Lentilhas | 38 |
Maçã argentina | 38 |
Macarrão espaguete | 20 |
Mamão papaia | 59 |
Mandioca cozida | 12 |
Manga Bordon | 51 |
Melancia | 72 |
Milho | 98 |
Mingau de aveia | 87 |
Morango | 40 |
I Musli® | 80 |
Pão francês | 10 |
Pão integral | 9 |
Pera | 38 |
Pêssego natural | 42 |
Pêssego enlatado | 67 |
Pipoca | 79 |
Pizza de queijo | 16 |
Soja | 23 |
Sopa de feijão | 84 |
Sopa de tomate | 54 |
Sorvete Suco de laranja | 52 |
Suco de maçã | 58 |
Tapioca | 115 |
Trigo cozido | 105 |
Uva Itália | 46 |