Diabetes mellitus é uma doença crónica cada vez mais frequente, atinge ambos os sexos e todas as idades. É caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose (açúcar) no sangue, a hiperglicemia.

Esta deve-se em alguns casos à insuficiente produção, noutros à insuficiente ação da insulina e, frequentemente, à combinação destes dois fatores. As pessoas com Diabetes mellitus podem desenvolver uma série de complicações.

É possível reduzi-la através de um controle rigoroso da hiperglicemia, da hipertensão arterial, da dislipidemia, bem como uma vigilância periódica dos órgãos mais sensíveis (retina, nervo periférico, rim, coração, entre outros).

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A prevalência da Diabetes mellitus tem vindo a aumentar, como em todo o mundo. Atualmente, é considerada pela Organização Mundial da Saúde como a pandemia do século XXI, com a previsão de poder atingir nos próximos 20 anos mais de 20% da população mundial.

Estima-se que a Diabetes mellitus afete 13,3% da população, da qual 44% desconhece ter a doença. A maior parcela dos doentes situa-se na faixa etária dos 40 aos 59 anos. Os homens são os mais afetados.

Está a aumentar entre as crianças. A hiperglicemia intermédia ou pré-diabetes é uma condição em que os indivíduos apresentam níveis de glicose no sangue superior ao normal, não sendo contudo suficientemente elevados para classificar como Diabetes mellitus.

É um fator de risco para a Diabetes mellitus. Quando detectada, deve ser alvo de intervenção, com instituição de alterações ao estilo de vida, de forma a evitar a progressão natural para a Diabetes mellitus.

Quais os principais tipos de diabetes?

Diabetes mellitus tipo 1 é causada pela destruição das células pancreáticas produtoras de insulina pelo sistema de defesa do organismo. As células beta do pâncreas produzem pouca ou nenhuma insulina, a hormona que permite que a glicose entre nas células do corpo.

Pode afetar pessoas de qualquer idade, mas ocorre principalmente em crianças ou adultos jovens. O tratamento é com injeções subcutâneas de insulina várias vezes ao dia, ou sob a forma contínua. Sem insulina não sobrevivem;

Diabetes mellitustipo 2 ocorre de forma gradual, quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o organismo não consegue utilizar eficazmente a insulina produzida.

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O diagnóstico ocorre após os 40 anos, mas pode ocorrer mais cedo, associado à obesidade.

Pode ser assintomática, ou seja, pode passar desapercebida por muitos anos, sendo o diagnóstico muitas vezes efetuado devido à manifestação de complicações associadas ou, acidentalmente, através de um resultado anormal dos valores de glicose no sangue e na urina.

O tratamento da Diabetes mellitus tipo 2 deve sempre ser individualizado e adequado à pessoa com diabetes, e engloba:

  • As alterações do estilo de vida (alimentação e exercício físico);
  • Terapêutica farmacológica com fármacos hipoglicemiantes não insulínicos orais e de administração subcutânea
  • Iinsulinoterapia
  • E a cirurgia bariátrica, e metabólica.

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A Diabetes mellitus tipo 2 pode ser revertida, sobretudo quando associada à obesidade. Esta reversibilidade acontece sobretudo nos estádios iniciais da doença.

Nestes períodos, pequenas perdas de peso de 3%-5% podem conduzir a uma franca melhoria do controle metabólico da diabetes, reduzir o número de hipoglicemiantes orais ou da sua dose, reduzir ou abolir a necessidade de insulinoterapia até à abolição total de necessidade de fármacos.

O que fazer quando se é diagnosticado com Diabetes mellitus?

O que fazer quando se é diagnosticado com Diabetes mellitus?

Uma vez diagnosticada Diabetes mellitus, a pessoa terá sempre Diabetes mellitus. Pode é estar em pleno controle da glicose e parecer não ter diabetes.

Mas estas pessoas deverão manter controle da sua glicose durante toda a vida para se certificar desta estabilidade. Neste caso de pleno controle, há quem lhe chame cura da diabetes, que apenas significa doença controlada.

No que diz respeito à cirurgia bariátrica /metabólica da diabetes, que muito se tem falado de conduzir à cura da diabetes, a base do raciocínio é igual.

Na Diabetes mellitus tipo 1 existem novas técnicas de transplante de ilhotas pancreáticas que levarão ao bom controle do açúcar, mas, mesmo nestes casos, o acompanhamento ao longo dos anos deve ser mantido.

E encontra-se em investigação uma molécula que transforma as células alfa em beta pancreáticas, repondo a capacidade de produção de insulina, que se resultar será uma promessa para o seu tratamento.

Em conclusão: a Diabetes mellitus não tem cura, mas, dependendo do tipo de diabetes, pode ser prevenida, revertida ou reduzida.

O objetivo no tratamento da Diabetes mellitus é promover um excelente controle da glicose, de forma a que este doente se aproxime o mais possível da pessoa sem diabetes, promovendo qualidade de vida e redução das complicações da diabetes.

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